"Sem música não há vida, não há vida sem música"





quarta-feira, 31 de agosto de 2011



 
Uma canção por dia - L'amitié - Françoise Hardy







Música - Gérard Bourgeois, letra - Jean-Max Rivière

segunda-feira, 29 de agosto de 2011




Canções em Versões - There's No Business Like Show Business - Suzi Quatro, Kim Criswell e Thomas Hampson, Ethel Merman













Canções em Versões - Li'l Darlin' - Mel Tormé com os Meltones, Lambert, Hendricks e Ross, Count Basie







quinta-feira, 25 de agosto de 2011



Canções em Versões - Deep Purple - Art Tatum



Setembro de 1955



 

Dezembro de 1953

quarta-feira, 24 de agosto de 2011



Canções em Versões - Meadow Serenade da peça musical de George e Ira Gershwin Strike Up the Band
- Brent Barrett com Rebecca Luker, Kiri Te Kanawa



Clique no link em cima para a versão/interpretação de Brent Barrett e Rebecca Luker





A rigor mais uma vez, trata-se aqui mais de duas interpretações muito diferentes de Meadow Serenade do que de versões. Kiri Te Kanawa optou por cantar apenas o refrão de Meadow Serenade. Esta interpretação está disponível no álbum Kiri Sings Gershwin, de 28 de Novembro de 2005, uma gravação com a New Princess Theatre Orchestra sob direcção de John McGlinn e orquestração de Maurice Peress e Larry Moore.


A versão da comédia musical Strike Up the Band, de George e Ira Gershwin, com libretto de George S. Kaufman, com Brent Barrett no papel de Jim e Rebecca Luker no de Joan, foi gravada de 13 a 20 de Dezembro de 1990 em Nova Iorque, com orquestra sob direcção de John Mauceri e orquestração de Russell Warner. Esta interpretação de Meadow Serenade inclui a versão completa da canção, as duas estrofes e refrão.

terça-feira, 23 de agosto de 2011




Canções em Versões - Holiday for Strings - Cyd Charisse e David Rose




A rigor não será uma versão, mas Cyd Charisse dança e recria Holiday for Strings de David Rose


sexta-feira, 19 de agosto de 2011


Canções em Versões - If I Had You - Benny Goodman com Svend Asmussen, Judy Garland, Bing Crosby, Al Bowlly











quinta-feira, 18 de agosto de 2011


Scopitone (5)

Mais dois filmes musicais em Scopitone, o primeiro a versão de Quando Quando Quando das Kessler Sisters ou Kessler Twins. Alice e Helen Kessler tiveram formação de ballet clássico na Ópera de Leipzig e, quando tinham 18 anos, os pais aproveitaram um visto para ficar na Alemanha Ocidental. Actuaram no Palladium em Düsseldorf e no Lido em Paris. Representaram a Alemanha no Festival Eurovisão da Canção em 1959 com Heute abend wollen wir tanzen geh'n. Viveram em Itália até 1986 e depois em Munique.

Neste filme Scopitone, as Kessler Sisters cantam e dançam e poderiam ter inspirado (ou não?) as irmãs gémeas das Demoiselles de Rochefort de Jacques Demy, interpretadas por Catherine Deneuve e Françoise Dorléac, gémeas também na vida real.




Muitos dos filmes Scopitone da década de 1960 utilizam a figura feminina sobretudo como mulher-objecto. Um exemplo  flagrante  é certamente o Scopitone seguinte de January Jones (não a actriz da actual e fabulosa série televisiva Mad Men...), a interpretar um standard de 1932 da dupla Harold Arlen/Ted Koehler, I've got the world on a string, acabando a cantora por assumir muito claramente esse papel de mulher-objecto.




Coexistindo na época com a utilização da imagem feminina como mulher-objecto, há um questionamento e crítica dos papéis tradicionais dos géneros, um repensar do masculino / feminino e sua interrelação. Exemplo disso é o Scopitone seguinte, Comic strip, composição de Serge Gainsbourg e interpretado por ele em duo com Brigitte Bardot. Ela mesma já um sex symbol à época, interpreta aqui uma heroína que literalmente irrompe de uma página da banda desenhada Barbarella, criada em 1962 por Jean-Claude Forrest, e que viria a inspirar o filme de culto de Roger Vadim com Jane Fonda, Barbarella (1968). Estas heroínas situam-se no intervalo entre sex symbol e ícone feminista, contradição retomada por Lara Croft e pela sua intérprete no cinema, Angelina Jolie.

Como é que a canção de Gainsbourg consegue este questionamento do papel tradicional da mulher apenas como objecto erótico? Serge Gainsbourg foi o equivalente francês de Cole Porter, autor de letras sofisticadas na sua aparente simplicidade, transformando palavras triviais e elementos da cultura popular em textos de grande ironia e inteligência. Em Comic strip, o distanciamento em relação ao estereótipo consegue-se muito simplesmente através da repetição (Bardot apenas diz interjeições onomatopaicas, imitando as heroínas da banda desenhada) e do exagero quase caricatural, mostrando a figura feminina que Gainsbourg chama - "Viens petite fille dans mon comic strip" - em claro contraste, como figura poderosa e activa, tornando evidente a insuficiência e artificialismo do estereótipo, ao mesmo tempo que diverte.

Clique no link em baixo para ver o Scopitone de Comic strip com Gainsbourg/Bardot:

Não resisto a mostrar outro vídeo, este não do conjunto dos Scopitones, mas no qual Sylvie Vartan assume com graça e elegância um papel em que feminino e masculino se podem combinar sem perderem, cada um deles, a sua especificidade própria. A canção chama-se Comme un garçon e retrata uma época de emancipação feminina em França. 



terça-feira, 16 de agosto de 2011


Scopitone (4)


Itsi bitsi petit bikini de Richard Anthony é um dos mais populares filmes Scopitone dos anos 1960, e compreende-se bem porquê: a pequena revolução que a canção narra mudou para sempre os nossos hábitos de Verão. Enquanto Richard Anthony canta-narra o episódio, há uma personagem que comenta o acontecimento no refrão em tom blasé, como um coro cheio de ironia, quer em relação à jovem de bikini com medo de aparecer, quer em relação à atitude preconceituosa dos outros veraneantes, incluindo a própria comentadora.

Quem, de entre as adolescentes da época,  não se recorda da primeira vez que vestiu um bikini em vez do tradicional fato de banho?

A canção é a versão francesa de Itsy Bitsy Teenie Weenie Yellow Polka Dot Bikini cantada por Brian Hyland com apenas 16 anos, que chegou a ser nº 1 dos hits de vendas nos EUA em Agosto de 1960. A história que conta a canção baseia-se num episódio verdadeiro: o compositor, Paul Vance, estava na praia com a filha de 2 anos que usava um bikini amarelo às bolinhas e lhe inspirou a canção. Mais tarde, a editora manifestou a sua preocupação por a canção parecer demasiado ousada, ao que Vance terá explicado que a letra era inocente, já que se tratava da sua filha de 2 anos.

Os franceses, que não são propriamente conhecidos por partilhar a perspectiva puritana, deram outro tratamento ao tema, sem receio de parecer mais ou menos ousados...







segunda-feira, 15 de agosto de 2011



Scopitone (3)





Muito provavelmente a mais carismática e original cantora da década de 1960 em França, aqui fica um registo de Françoise Hardy em Scopitone, interpretando uma composição de 1963, Saurai-je?, com letra e música de sua autoria. O realizador do filme soube acompanhar o tom intimista e melancólico que era característico das canções de Françoise.

Em contraste com grande parte destes filmes em Scopitone, que procuravam efeitos mais espectaculares, como teremos ocasião de ver num outro post.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011



Scopitone (2)

A qualidade das cópias dos filmes em Scopitone nem sempre era a melhor - pelo menos tal como estão disponíveis hoje em dia no YouTube. Vale a pena, no entanto, ver o Scopitone realizado por Claude Lelouch para a canção de Johnny Halliday Pour moi la vie va commencer e admirar o extremo dinamismo das imagens que acompanham o estado nascente descrito nesta canção do "Ídolo dos Jovens" desses anos e que espelham o espírito da época.

Os dois exemplos finais que escolhi estão remasterizados. O primeiro é um belo tema de Michel Polnareff, mas interrompido por piruetas de Bond girls hiperactivas que estragam, a meu ver, o carácter intimista da canção.

O segundo exemplo é o meu preferido, apesar da interpretação algo exagerada - talvez propositadamente exagerada - de Sylvie Vartan. Mas este Scopitone contém no seu interior, como que mis-en-abyme, uma outra máquina de som, um gramofone, fazendo reflectir sobre os processos de difusão sonora. O assistente e secretário de Sylvie, Carlos, aparece a cantar de dentro da grafonola, o que completa o tom burlesco dado pela interpretação de Sylvie.

Espero que possam divertir-se pelo menos tanto como eu a escutar estas canções acompanhadas de imagens em Scopitone!





Link para o Scopitone de Sylvie Vartan com Carlos "2'35 de bonheur" em cima

Scopitone (1)


Mas havia outro mistério por esclarecer, pois agora relacionava os Soundies dos anos 1940 nos Estados Unidos com algo que tenho visto com frequência no YouTube, porque gosto muito da música da década de 1960, a época da minha adolescência: então e o que eram os Scopitones que repetidamente via, nomeadamente quando se tratava de música francesa?

Foi esta a informação que consegui on-line: as máquinas Scopitone eram também um tipo de jukebox com som e imagem, tal como as Panorama - que no entanto eram bem mais bonitas... as Scopitone projectavam filmes de 16 mm. Os primeiros filmes Scopitone foram feitos em França nos anos 1960, e depois na Alemanha e na Inglaterra. Tal como os Soundies na década de 1940 nos EUA, também os Scopitones são considerados como precursores dos videoclips e duraram até ao final da década de 1960.

Aqui ficam dois exemplos, o primeiro um dos mais populares na época, Telstar com Eddy Vartan, o irmão de Sylvie Vartan, e o segundo, Calendar Girl de Neil Sedaka, um exemplo daquilo que muitos Scopitones usam como recurso principal, muitas bailarinas, lembrando os filmes de James Bond e as Bond girls da época, mas deve ser apenas l'air du temps... aqui ilustrando o tema da canção, a Calendar Girl.




Soundies (3)


Estes pequenos filmes musicais a preto e branco eram projectados numa máquina chamada Panorama, uma espécie de Jukebox com som e imagem, em bares, cafés e night clubs nos Estados Unidos. Divulgaram muitos artistas afro-americanos da época e eram muito populares. Mas o seu sucesso fez com que os proprietários das salas de cinema e das empresas de exibição começassem a considerá-los concorrência, e entraram em declínio: em 1943 havia 10.000 máquinas Panorama nos EUA, em 1946 já só eram 2.000 (vd. http://www.chambel.net).

Aqui ficam mais dois soundies com músicos de jazz, Lionel Hampton e Sarah Vaugham, mostrando que nem sempre é um grande aparato técnico a fazer a qualidade destes filmes, em especial quando é a música a verdadeira protagonista.

 



 


Soundies (2)


Facto muito curioso desde logo na pesquisa que fiz no YouTube sobre os soundies foi a quantidade de filmes que encontrei protagonizados por orquestras femininas, Girl Bands. Aqui ficam alguns exemplos, quem sabe se o célebre e divertido Some Like It Hot não se terá inspirado num destes grupos para a orquestra feminina do filme. Era, ao que consta, o filme preferido do realizador, Billy Wilder, e as situações de comédia são causadas por duas personagens em fuga, interpretadas por Tony Curtis e Jack Lemmon, que para escapar a uma perseguição de gangsters se disfarçam de mulheres e se infiltram numa orquestra feminina, onde encontram a personagem de Sugar Kane, interpretada por Marilyn Monroe. Datando esta comédia musical de 1959 e os soundies da década de 40, entre 1940 e 1946, é bem provável.








Soundies (1)


 
Tal como no incipit do texto de Through the Looking Glass de Lewis Carroll, ("One thing was certain, that the white kitten had had nothing to do with it: - it was the black kitten's fault entirely."), uma coisa era certa: a culpa tinha sido toda do vídeo de Jukebox Saturday Night, que ecoava obsessivamente naquele dia na minha memória e que inesperadamente me apresentou o mundo desconhecido dos soundies. Vou deixar a apresentação ao cuidado de Michael Feinstein e Cab Calloway, tal como a ouvi então, porque assim os entendidos na matéria não dirão que estou a falar daquilo de que, pelo menos até agora, não sabia nada...

Em baixo, mais uma vez, o soundie responsável por esta digressão, Jukebox Saturday Night...








Encontrei informação em português sobre os soundies, pequenos filmes musicais a preto e branco, precursores dos videoclips, no site de Rui Chambel, que pode visitar também:

http://www.chambel.net

Canções do tempo dos HI-FI (7) - Françoise Hardy, Le premier bonheur du jour


quinta-feira, 11 de agosto de 2011


Canções do tempo dos HI-FI (6) - Billie Holiday, Says My Heart

Uma colaboração de Frank Loesser com Burton Lane, Says My Heart, de 1938, apenas aparece aqui como canção do tempo dos HI-FI na minha recordação de Billie, que data dessa época...




Canções do tempo dos HI-FI  (5) - The Loving Spoonful, Do You Believe in Magic




terça-feira, 9 de agosto de 2011


Canções em Versões - Aguarela do Brasil de Ary Barroso - Kate Bush, João Gilberto



"Brazil" - "Bachianos Brazil Samba" (da banda sonora de Brazil, filme de Terry Gillian de 1985, com música de Michael Kamen)



"Aguarela do Brasil" (1939), composição de Ary Barroso
Uma canção para todas as estações - Sinatra e When the Wind Was Green



domingo, 7 de agosto de 2011

Canções em Versões - You Must Believe in Spring - Bill Evans e George Shearing




sábado, 6 de agosto de 2011

Jukebox Saturday Night - Soundie Glenn Miller




Precursor dos videoclips, aqui fica um exemplo de soundie - os soundies eram pequenos filmes musicais a preto e branco produzidos na década de 1940 nos EUA

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Sonhos - Neil Sedaka, Cliff Richard, The Ink Spots, Dinah Washington, The Pied Pipers and Ernie Felice Quartet


Enquanto aguardo ter tempo para refazer o programa de rádio com texto e música que dá o nome a este blogue, a partir de um tango argentino com esse título, serve este espaço sobretudo para, sem qualquer intuito crítico, partilhar música e sequências musicais com os meus leitores. Estive a consultar os arquivos dos guiões que fazia para cada programa, e o segundo que escrevi versava o tema "sonhos". Aqui ficam em recordação dois dos temas musicais que na altura escolhi, e mais três canções que, sem qualquer hesitação, escolheria hoje. O texto deste segundo programa do UNO, de Novembro de 1989, incluia textos dos surrealistas franceses - hoje a minha escolha do texto escrito, do qual partia quase sempre para a selecção musical, recairia sem dúvida sobre o soneto nº 65 de William Shakespeare, de que cito aqui apenas os primeiros quatro versos:


SINCE brass, nor stone, nor earth, nor boundless sea,
But sad mortality o'ersways their power,
How with this rage shall beauty hold a plea,
Whose action is no stronger than a flower?










terça-feira, 2 de agosto de 2011


Canções em versões - Watch What Happens - Oscar Peterson, Erroll Garner, Chris Montez