"Sem música não há vida, não há vida sem música"





terça-feira, 25 de outubro de 2011


Recordando Franz Liszt



"Valse oubliée" Nr. 1 por Vladimir Horowitz

segunda-feira, 24 de outubro de 2011


Vladimir Horowitz, Scriabin, e a ligação entre as artes




Recordando Franz Liszt



Années de pélerinage. Première année, Suisse, 4 - "Au bord d'une source"
Vladimir Horowitz ao piano em casa

domingo, 23 de outubro de 2011



Recordando Franz Liszt



domingo, 16 de outubro de 2011


The Cassette Tape Generation, ao som de Sérgio Mendes e Brasil '66 - "Slow Hot Wind"


 

 "Occupy Wall Street" ao som de Nino Rota



sábado, 15 de outubro de 2011


Aguardando o regresso de Jacqui Abbott





Poderá ser wishful thinking, mas será o que pensam os fãns de Jacqui, ao assistir a esta rara ocasião na qual Paul Heaton e Jacqui Abbott cantam juntos, pela primeira vez desde 2001 - "This House", do álbum Acid Country (2010)




domingo, 9 de outubro de 2011


Canções em Versões - "Les yeux ouverts" - The Beautiful South with Jacqui Abbott, Enzo Enzo

 



 



Pensei durante muito tempo que não havia nenhuma voz e interpretação que pudesse comparar-se à interpretação de "Dream a Little Dream Of Me" por Mama Cass, e isto apesar das belíssimas interpretações, p. ex., de Ella Fitzgerald e de Louis Armstrong. E em certo sentido não há, no que cada voz tem de único e insubstituível. Mas estas duas versões em francês, "Les yeux ouverts", acrescentaram mais duas vozes insubstituíveis, pelo menos para mim, à de Mama Cass - Enzo Enzo (1990), a cantar na sua língua materna, e a excepcional vocalista dos Beautiful South à época, Jacqueline ou Jacqui Abbott (1995), com o encanto suplementar que conhecíamos de algumas interpretações de Petula Clark ou de Jane Birkin, a cantar em francês com a sua pronúncia de inglesas. A voz de Jacqui Abbott tem um dramatismo especial, mantendo sempre uma "alta tensão" em interpretações de outro modo irrepreensivelmente discretas.


Uma canção por dia - ainda a voz de Jacqui Abbott









No primeiro vídeo em cima podemos ver e ouvir a então vocalista dos Beautiful South, Jacqueline Abbott, interpretando "Dream a Little Dream Of Me". O vídeo contém imagens do filme French Kiss (1995), de cuja banda sonora a versão dos Beautiful South faz parte. Os leitores mais atentos recordar-se-ão certamente do filme de Woody Allen, The Purple Rose Of Cairo (1985).


Uma canção por dia - a extraordinária voz de Jacqui Abbott dos Beautiful South


 


Jacqueline Abbott foi a vocalista do grupo britânico The Beautiful South entre 1994 e 2000. Ouvimos Jacqui numa interpretação de "I Sold My Heart To the Junkman" próxima da versão dos Four Tunes dos anos 1950.
Canções em Versões - "I Sold My Heart To the Junkman" - Basin Street Boys, The Four Tunes, Etta James

 
 
 
 





 Este tema que ouvimos interpretado pelos Basin Street Boys em 1940, pelos Four Tunes em 1955, e por Etta James, entre 1944-47, é da  autoria de Leon René e Otis René. A canção talvez tenha sido mais conhecida na versão em rock and roll por Patti LaBelle and The Bluebelles de 1962, mas optei aqui pelas versões jazzísticas. 

domingo, 2 de outubro de 2011



Uma canção por dia - "The Beautiful Land" - Dusty Springfield





 
Canção de abertura da peça musical de Lesley Bricusse e Anthony Newly The Roar of the Greasepaint  - The Smell of the Crowd (1965)

Canções em Versões - "You're an Education" - Michael Feinstein, Peter Mintun, Joyce Breach








Canção de Al Dubin e Harry Warren de 1938

sábado, 1 de outubro de 2011




Scopitone (10)


 



Esta versão de Johnny Halliday do sucesso do grupo espanhol Los Bravos, "Black Is Black", em francês "Noir c'est noir", filmada em Scopitone em 1966, é um caso raro de
 consciência estética nestes vídeos. O realizador Alain Brunet usa o filme a cores para acentuar o contraste preto/branco que é dado através sobretudo do cenário, respondendo ao desafio da letra da canção. O vídeo poderia ser um filme a preto e branco, não fosse o rosto do cantor e das bailarinas e o fato laranja de uma delas. As cores servem para sublinhar a estética e a lógica do preto e branco, mostrando uma muito consciente utilização da cor, incluindo e sublinhando o preto e branco, que é afinal também uma opção de cores. O realizador filmou a cores o preto e branco, aludindo à estética do filme a preto e branco, e mostrando simultâneamente que o preto e branco é também, à sua maneira, "a cores". Uma maneira mais concentrada, mais apropriada para dar contrastes e mais propícia à reflexão, mas isto exigiria um texto mais longo e excede o âmbito desta minha nota de hoje. Desde já se diga, no entanto, que o que notoriamente falta nesta versão a cores do preto e branco são as sombras, todas as nuances e variações do cinzento. Isso, a cor não pôde - ou não quis - dar neste caso, já que se partiu de uma versão bipolarizada da relação preto / branco no fundo em xadrez: no lugar da paleta de cinzentos estão as outras cores, para além do preto e do branco.


Scopitone (9)







Os Scopitones foram imensamente populares em França nos anos 1960 e daí passaram para a Alemanha, a Inglaterra e também para os EUA. Segundo David Galassie no artigo "The Visual Jukebox" (vd. http://www.loti.com/fifties_jukebox/Scoptione_The_Visual_Jukebox.htm), em 1964 a máquina era muito popular em Miami e Miami Beach e no nordeste dos EUA; em meados de 1964 havia já 500 máquinas em hotéis, bares e restaurantes chiques do "downtown" nova-iorquino, o que deixava de fora o público adolescente. Esta estranha estratégia publicitária, pelo menos aos olhos de hoje, talvez se devesse a um desejo de não entrar em competição com a jukebox só de som já existente.


Enquanto a jukebox tradicional americana divulgava a irreverência e juventude da música da época, os Scopitones nos EUA produziam uma música que parecia algo deslocada, como é visível neste primeiro Scopitone americano, em que Debbie Reynolds interpreta "If I Had a Hammer". A indústria americana tinha de produzir rapidamente vídeos para Scopitone que pudessem concorrer com os vídeos franceses, e Debbie Reynolds era proprietária de uma empresa associada da Harmon-ee Productions, a principal fornecedora de filmes americanos.

Como termo de comparação, e para podermos rever e voltar a ouvir Debbie Reynolds no registo de juventude e irreverência que foi o dela em Singing in the Rain (1952), aqui fica um segundo vídeo com um passo do filme em que ela interpreta, dançando, "All I Do Is Dream of You".

Por volta do final da década de 1960, os Scopitones estavam a terminar. De facto, as máquinas Scopitone deixaram simplesmente de existir nos sítios públicos onde serviam de diversão, mas a verdadeira causa terá sido a absorção dos pequenos filmes musicais que aí eram mostrados por uma outra máquina de som e imagem, que podia como as Scopitones estar em sítios públicos, mas cujo destino de eleição foi o espaço privado da casa de cada um de nós.