Um dos mais belos contos de Hans Christian Andersen, "A menina dos fósforos", com a música de Enya
"Sem música não há vida, não há vida sem música"
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Max Raabe, "Schlaflied"
Uma canção de embalar para a noite de Natal que se aproxima (do mais recente trabalho de Max Raabe, Küssen kann man nicht alleine)
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domingo, 18 de dezembro de 2011
Feliz Natal
Votos de Feliz Natal a todos, apesar das dificuldades... e que venham melhores tempos. Aqui fica uma canção de Natal daquelas que podemos cantar em todos os dias do ano, interpretada por Michael Feinstein acompanhado ao piano por Burton Lane.
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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
"Novo" You Tube - quando o design não revitaliza
Desde Setembro de 2010 que estou no You Tube, tenho um canal para partilhar música com outras pessoas que, como eu, têm uma paixão por esta arte. Ainda me lembro da grande surpresa e alegria que foi quando recebi a notícia do Chris Brubeck que queria ser amigo do meu canal, depois mais tarde a Suzi Quatro... e muitos outros amigos, talvez menos conhecidos mas não menos estimados e importantes para mim! Em nome de todos estes amigos que, pelas regras da nova configuração do You Tube, desapareceram dos nossos canais, gostaria de apelar à participação de todos para fazer ouvir a nossa voz. Além disso, este "novo" design é muitíssimo desagradável, mesmo feio... não é esta a noção que tenho do que devia ser bom design - uma indicação para viver melhor... e viver melhor passa sempre por ter amigos, e nunca por fazê-los desaparecer de repente, quando levou meses a cativá-los, dos nossos canais do You Tube...
WHY WE DONT LIKE THE NEW YOUTUBE:
1 BECAUSE it limits the freedom of creativity.2 BECAUSE it is impossible to fully customize the channels, and now all look almost the same.
3 BECAUSE we'r tired of so many changes, instead of considering a final and effective decision.
4 BECAUSE we dont need those "changes".
5 BECAUSE it is not necessary to change what already works well.
6 BECAUSE THE CUSTOMER IS ALWAYS RIGHT.
- IF youtube wants to maintain its status and all users, youtube should recognize their failures and listen to their customers. IF not, I am considering delete my youtube account, like many other people.
★★★COPY AND PASTE EVERYWHERE IF YOU AGREE★★★
Thank You to oraivan1
and MAGAMIAN
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Dia de protesto no You Tube,
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Dia de protesto
contra a nova configuração dos canais do You Tube que, além de esteticamente de muito inferior qualidade, retirou a lista de amigos de cada canal...
"PROTEST DAY"
Make it more than that. To have any hope of an impact, shut off access to all videos, channels, and playlists at 11pm or earlier your local time, and reactivate at 12noon Saturday your local time. Or shut off 8am Greenwich Mean Time Friday and reopen 8am GMT Saturday. That's Friday, Youtube time (Pacific) By doing that, youtube will have nearly a 24 hour period where everyone participating will be in sync. "
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domingo, 20 de novembro de 2011
As cidades de Paris e Nova Iorque, vistas por Woody Allen
As cenas de abertura dos seus filmes sobre Paris - Midnight in Paris, 2011 - e Nova Iorque - Manhattan, 1979, dão-nos a ver imagens das duas cidades através da música de Sidney Bechet ("Si tu vois ma mère") e de George Gershwin ("Rhapsody in Blue"). É conhecida a ligação de Woody Allen à música em todos os seus filmes, nestes dois casos a música escolhida adere de modo especial às imagens das duas cidades, também pela afinidade dos compositores com Paris e Nova Iorque, respectivamente. A ponto de me ser difícil, por exemplo, reconhecer Midnight in Paris no trailer, por não conter a música de Bechet. No final do filme, regressamos a este tema musical, com uma pequena variação na composição das personagens. Recordamos aqui as cenas de abertura de Midnight in Paris e de Manhattan.
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sexta-feira, 18 de novembro de 2011
"Chanson de l'autruche", do conto musical de Philippe Châtel Émilie Jolie, versão inédita gravada em 1980 na voz de Diane Dufresne
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sábado, 12 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Émilie Jolie, un conto musical de Philippe Châtel - "Chanson d'Émilie Jolie et du Grand Oiseau" (com Julien Clerc)
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Recordando Sidney Bechet
A versão original de "Si tu vois ma mère", de 1952, de Sidney Bechet com Claude Luter e a sua orquestra, não está disponível no YouTube para a Alemanha
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terça-feira, 25 de outubro de 2011
Recordando Franz Liszt
"Valse oubliée" Nr. 1 por Vladimir Horowitz
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segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Recordando Franz Liszt
Années de pélerinage. Première année, Suisse, 4 - "Au bord d'une source"
Vladimir Horowitz ao piano em casa
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domingo, 23 de outubro de 2011
domingo, 16 de outubro de 2011
The Cassette Tape Generation, ao som de Sérgio Mendes e Brasil '66 - "Slow Hot Wind"
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sábado, 15 de outubro de 2011
Aguardando o regresso de Jacqui Abbott
Poderá ser wishful thinking, mas será o que pensam os fãns de Jacqui, ao assistir a esta rara ocasião na qual Paul Heaton e Jacqui Abbott cantam juntos, pela primeira vez desde 2001 - "This House", do álbum Acid Country (2010)
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domingo, 9 de outubro de 2011
Canções em Versões - "Les yeux ouverts" - The Beautiful South with Jacqui Abbott, Enzo Enzo
Pensei durante muito tempo que não havia nenhuma voz e interpretação que pudesse comparar-se à interpretação de "Dream a Little Dream Of Me" por Mama Cass, e isto apesar das belíssimas interpretações, p. ex., de Ella Fitzgerald e de Louis Armstrong. E em certo sentido não há, no que cada voz tem de único e insubstituível. Mas estas duas versões em francês, "Les yeux ouverts", acrescentaram mais duas vozes insubstituíveis, pelo menos para mim, à de Mama Cass - Enzo Enzo (1990), a cantar na sua língua materna, e a excepcional vocalista dos Beautiful South à época, Jacqueline ou Jacqui Abbott (1995), com o encanto suplementar que conhecíamos de algumas interpretações de Petula Clark ou de Jane Birkin, a cantar em francês com a sua pronúncia de inglesas. A voz de Jacqui Abbott tem um dramatismo especial, mantendo sempre uma "alta tensão" em interpretações de outro modo irrepreensivelmente discretas.
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Uma canção por dia - ainda a voz de Jacqui Abbott
No primeiro vídeo em cima podemos ver e ouvir a então vocalista dos Beautiful South, Jacqueline Abbott, interpretando "Dream a Little Dream Of Me". O vídeo contém imagens do filme French Kiss (1995), de cuja banda sonora a versão dos Beautiful South faz parte. Os leitores mais atentos recordar-se-ão certamente do filme de Woody Allen, The Purple Rose Of Cairo (1985).
Canções em Versões - "I Sold My Heart To the Junkman" - Basin Street Boys, The Four Tunes, Etta James
Este tema que ouvimos interpretado pelos Basin Street Boys em 1940, pelos Four Tunes em 1955, e por Etta James, entre 1944-47, é da autoria de Leon René e Otis René. A canção talvez tenha sido mais conhecida na versão em rock and roll por Patti LaBelle and The Bluebelles de 1962, mas optei aqui pelas versões jazzísticas.
domingo, 2 de outubro de 2011
Uma canção por dia - "The Beautiful Land" - Dusty Springfield
Canção de abertura da peça musical de Lesley Bricusse e Anthony Newly The Roar of the Greasepaint - The Smell of the Crowd (1965)
Canções em Versões - "You're an Education" - Michael Feinstein, Peter Mintun, Joyce Breach
Canção de Al Dubin e Harry Warren de 1938
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sábado, 1 de outubro de 2011
Scopitone (10)
Esta versão de Johnny Halliday do sucesso do grupo espanhol Los Bravos, "Black Is Black", em francês "Noir c'est noir", filmada em Scopitone em 1966, é um caso raro de
consciência estética nestes vídeos. O realizador Alain Brunet usa o filme a cores para acentuar o contraste preto/branco que é dado através sobretudo do cenário, respondendo ao desafio da letra da canção. O vídeo poderia ser um filme a preto e branco, não fosse o rosto do cantor e das bailarinas e o fato laranja de uma delas. As cores servem para sublinhar a estética e a lógica do preto e branco, mostrando uma muito consciente utilização da cor, incluindo e sublinhando o preto e branco, que é afinal também uma opção de cores. O realizador filmou a cores o preto e branco, aludindo à estética do filme a preto e branco, e mostrando simultâneamente que o preto e branco é também, à sua maneira, "a cores". Uma maneira mais concentrada, mais apropriada para dar contrastes e mais propícia à reflexão, mas isto exigiria um texto mais longo e excede o âmbito desta minha nota de hoje. Desde já se diga, no entanto, que o que notoriamente falta nesta versão a cores do preto e branco são as sombras, todas as nuances e variações do cinzento. Isso, a cor não pôde - ou não quis - dar neste caso, já que se partiu de uma versão bipolarizada da relação preto / branco no fundo em xadrez: no lugar da paleta de cinzentos estão as outras cores, para além do preto e do branco.
consciência estética nestes vídeos. O realizador Alain Brunet usa o filme a cores para acentuar o contraste preto/branco que é dado através sobretudo do cenário, respondendo ao desafio da letra da canção. O vídeo poderia ser um filme a preto e branco, não fosse o rosto do cantor e das bailarinas e o fato laranja de uma delas. As cores servem para sublinhar a estética e a lógica do preto e branco, mostrando uma muito consciente utilização da cor, incluindo e sublinhando o preto e branco, que é afinal também uma opção de cores. O realizador filmou a cores o preto e branco, aludindo à estética do filme a preto e branco, e mostrando simultâneamente que o preto e branco é também, à sua maneira, "a cores". Uma maneira mais concentrada, mais apropriada para dar contrastes e mais propícia à reflexão, mas isto exigiria um texto mais longo e excede o âmbito desta minha nota de hoje. Desde já se diga, no entanto, que o que notoriamente falta nesta versão a cores do preto e branco são as sombras, todas as nuances e variações do cinzento. Isso, a cor não pôde - ou não quis - dar neste caso, já que se partiu de uma versão bipolarizada da relação preto / branco no fundo em xadrez: no lugar da paleta de cinzentos estão as outras cores, para além do preto e do branco.
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Scopitone
Scopitone (9)
Os Scopitones foram imensamente populares em França nos anos 1960 e daí passaram para a Alemanha, a Inglaterra e também para os EUA. Segundo David Galassie no artigo "The Visual Jukebox" (vd. http://www.loti.com/fifties_jukebox/Scoptione_The_Visual_Jukebox.htm), em 1964 a máquina era muito popular em Miami e Miami Beach e no nordeste dos EUA; em meados de 1964 havia já 500 máquinas em hotéis, bares e restaurantes chiques do "downtown" nova-iorquino, o que deixava de fora o público adolescente. Esta estranha estratégia publicitária, pelo menos aos olhos de hoje, talvez se devesse a um desejo de não entrar em competição com a jukebox só de som já existente.
Enquanto a jukebox tradicional americana divulgava a irreverência e juventude da música da época, os Scopitones nos EUA produziam uma música que parecia algo deslocada, como é visível neste primeiro Scopitone americano, em que Debbie Reynolds interpreta "If I Had a Hammer". A indústria americana tinha de produzir rapidamente vídeos para Scopitone que pudessem concorrer com os vídeos franceses, e Debbie Reynolds era proprietária de uma empresa associada da Harmon-ee Productions, a principal fornecedora de filmes americanos.
Como termo de comparação, e para podermos rever e voltar a ouvir Debbie Reynolds no registo de juventude e irreverência que foi o dela em Singing in the Rain (1952), aqui fica um segundo vídeo com um passo do filme em que ela interpreta, dançando, "All I Do Is Dream of You".
Por volta do final da década de 1960, os Scopitones estavam a terminar. De facto, as máquinas Scopitone deixaram simplesmente de existir nos sítios públicos onde serviam de diversão, mas a verdadeira causa terá sido a absorção dos pequenos filmes musicais que aí eram mostrados por uma outra máquina de som e imagem, que podia como as Scopitones estar em sítios públicos, mas cujo destino de eleição foi o espaço privado da casa de cada um de nós.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Scopitone (8)
Mais um Scopitone com Sylvie Vartan nos anos 1960, a interpretar a canção "Si je chante". Os realizadores deste pequenos filmes tentavam filmar em cenários que pudessem atrair a atenção do público jovem, com os quais os jovens (neste exemplo seriam mais as jovens) se pudessem identificar.
Ainda um pormenor interessante sobre os Scopitones, a fazer fé na informação de David Galassie, em "The Visual Jukebox" (http://www.loti.com/fifties_jukebox/Scoptione_The_Visual_Jukebox.htm): estas máquinas moedeiras que reproduziam som e imagem foram feitas usando peças que restaram dos aviões da Segunda Grande Guerra, nomeadamente transformando uma máquina de 16 mm, usada pela Força Aérea Francesa para voos de reconhecimento, num projector de 16 mm.
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Scopitone (7)
Mais um exemplo de Scopitone, com Sylvie Vartan a interpretar a versão francesa, de 1962, da canção composta por Carole King (no primeiro vídeo a contar de baixo ao vivo na actualidade), e interpretada por Little Eva em 1960, "The Locomotion". A versão de Sylvie mostra bem a predilecção dos realizadores destes pequenos vídeoclips por cenários extravagantes, neste caso um comboio numa floresta, tentando produzir um efeito hipnótico nos espectadores.
Vd. David Galassie, "The Visual Jukebox". In:
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quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Canções em Versões - "Narcissus", de Water Scenes, Op. 13, nº 4, de Ethelbert Woodbridge Nevin (1862-1901)
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quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Uma canção por dia - "Miss Invisible" - George Shearing
Do álbum Piano, de 1990
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domingo, 18 de setembro de 2011
Scopitone (6, cont.)
O vídeo em cima não é um Scopitone, mas podia ser. Escolhi-o para ilustrar como a televisão terá substituído os Scopitones, pequenos filmes dos anos 1960 que podiam ser ouvidos e vistos em espaços públicos. Estes pequenos clips musicais que se destinavam a programas de música na TV francesa dos anos 1960 em diante são precursores - tal como os Soundies nos EUA nos anos de 1940 - dos videoclips, e integram a herança dos Scopitones.
O par mítico da canção francesa da década, Johnny Halliday e Sylvie Vartan, interpreta um standard da canção americana de 1934 que festejava o fim da lei seca nos EUA (de 1920 a 1933), Cocktails for Two, em francês Un cocktail pour deux. Evocando estes tempos em 1965, o vídeo opta pelo preto/branco e tenta dar o ar do tempo da década de 1930 nos fatos do casal de cantores. Transforma a canção na narrativa de uma pequena história, na qual se salienta a preocupação da época - 1965 em França - com os papéis de género, masculino/feminino: "Les filles, vraiment, quelle invention..." / "Quelle catastrophe que les garçons...", dizem respectivamente Johnny e Sylvie. A protagonista reinvidica para si os mesmos direitos que o seu companheiro, daí o título da canção, Un cocktail pour deux. Quase no final, há uma sequência de dança de grande leveza e elegância, quer em relação às versões cómico-burlescas de Cocktails for Two, quer pela transformação das imagens dos passos de dança em movimento descontinuado, desmultiplicando a imagem e evocando as origens do cinema.
(a continuar)
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sábado, 17 de setembro de 2011
Canções em Versões - Cocktails for Two - Ray Charles com Betty Carter, Billy May, Tommy Dorsey, Carl Brisson
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Uma canção por dia - Le Taxi - Henri Salvador canta Boris Vian
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domingo, 11 de setembro de 2011
Scopitone (6)
Os Scopitones podiam ver-se e ouvir-se, tal como os Soundies, em espaços públicos - bares, restaurantes, clubes nocturnos. Se o fim dos Soundies na década de 1940 nos EUA terá sido ditado pelos interesses dos proprietários das salas de cinema e das empresas de exibição, bem como pela redução da produção das máquinas Panoram, devido às restrições da guerra (vd. www.chambel.net), um outro meio de comunicação em ascensão terá ditado o fim dos Scopitones em França no final da década de 1960. Esse outro meio de difusão de som e imagem iria substituir os Scopitones e integrá-los na sua produção. Ao longo da sua evolução, esse meio de comunicação iria invadir o espaço privado das casas e ao fim de algumas décadas espelhá-lo até quase com ele se confundir, banalizando-se em programas como os reality shows, e perdendo o potencial estético e cultural que tivera a princípio. E os dois espaços confundir-se-iam de facto, não fosse a ironia dos processos: se o emissor se transforma em receptor, o passo seguinte foi acontecer também o inverso, aquilo a que estamos a assistir na contemporaneidade, o receptor transformar-se, por sua vez, em emissor. É afinal o mote do YouTube, Broadcast Yourself, i.e., "Sê tu próprio um emissor."
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sábado, 10 de setembro de 2011
Uma canção por dia - A Kiss Goodnight - Ella Fitzgerald
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sexta-feira, 9 de setembro de 2011
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Uma canção por dia - Ella Fitzgerald com a orquestra de Chick Webb em 1936, Mr Paganini
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terça-feira, 6 de setembro de 2011
Canções em Versões - All Through the Night - Chris Groenendaal e Frederica von Stade, Ella Fitzgerald
Chris Groenendaal no papel de Billy e Frederica von Stade no papel de Hope interpretam "All Through the Night" na peça musical de Cole Porter Anything Goes (1934). A London Symphony Orchestra sob direcção de John McGlinn (1989).
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Uma canção por dia - What a Joy To Be Young
Da peça musical Anything Goes (1934), de Cole Porter, interpretação de Frederica von Stade no papel de Hope. London Symphony Orchestra dirigida por John McGlinn (1989).
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segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Uma canção por dia - You're Dancing on My Heart - Victor Silvester (1938)
You're Dancing on My Heart, de Al Bryan e George M. Meyer, é a segunda canção deste vídeo do YouTube dedicado a Victor Silvester e sua orquestra.
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quinta-feira, 1 de setembro de 2011
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Uma canção por dia - L'amitié - Françoise Hardy
Música - Gérard Bourgeois, letra - Jean-Max Rivière
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segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Canções em Versões - There's No Business Like Show Business - Suzi Quatro, Kim Criswell e Thomas Hampson, Ethel Merman
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Canções em Versões - Meadow Serenade da peça musical de George e Ira Gershwin Strike Up the Band
- Brent Barrett com Rebecca Luker, Kiri Te Kanawa
Clique no link em cima para a versão/interpretação de Brent Barrett e Rebecca Luker
A rigor mais uma vez, trata-se aqui mais de duas interpretações muito diferentes de Meadow Serenade do que de versões. Kiri Te Kanawa optou por cantar apenas o refrão de Meadow Serenade. Esta interpretação está disponível no álbum Kiri Sings Gershwin, de 28 de Novembro de 2005, uma gravação com a New Princess Theatre Orchestra sob direcção de John McGlinn e orquestração de Maurice Peress e Larry Moore.
A versão da comédia musical Strike Up the Band, de George e Ira Gershwin, com libretto de George S. Kaufman, com Brent Barrett no papel de Jim e Rebecca Luker no de Joan, foi gravada de 13 a 20 de Dezembro de 1990 em Nova Iorque, com orquestra sob direcção de John Mauceri e orquestração de Russell Warner. Esta interpretação de Meadow Serenade inclui a versão completa da canção, as duas estrofes e refrão.
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terça-feira, 23 de agosto de 2011
Canções em Versões - Holiday for Strings - Cyd Charisse e David Rose
A rigor não será uma versão, mas Cyd Charisse dança e recria Holiday for Strings de David Rose
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sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Canções em Versões - If I Had You - Benny Goodman com Svend Asmussen, Judy Garland, Bing Crosby, Al Bowlly
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quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Scopitone (5)
Mais dois filmes musicais em Scopitone, o primeiro a versão de Quando Quando Quando das Kessler Sisters ou Kessler Twins. Alice e Helen Kessler tiveram formação de ballet clássico na Ópera de Leipzig e, quando tinham 18 anos, os pais aproveitaram um visto para ficar na Alemanha Ocidental. Actuaram no Palladium em Düsseldorf e no Lido em Paris. Representaram a Alemanha no Festival Eurovisão da Canção em 1959 com Heute abend wollen wir tanzen geh'n. Viveram em Itália até 1986 e depois em Munique.
Neste filme Scopitone, as Kessler Sisters cantam e dançam e poderiam ter inspirado (ou não?) as irmãs gémeas das Demoiselles de Rochefort de Jacques Demy, interpretadas por Catherine Deneuve e Françoise Dorléac, gémeas também na vida real.
Muitos dos filmes Scopitone da década de 1960 utilizam a figura feminina sobretudo como mulher-objecto. Um exemplo flagrante é certamente o Scopitone seguinte de January Jones (não a actriz da actual e fabulosa série televisiva Mad Men...), a interpretar um standard de 1932 da dupla Harold Arlen/Ted Koehler, I've got the world on a string, acabando a cantora por assumir muito claramente esse papel de mulher-objecto.
Coexistindo na época com a utilização da imagem feminina como mulher-objecto, há um questionamento e crítica dos papéis tradicionais dos géneros, um repensar do masculino / feminino e sua interrelação. Exemplo disso é o Scopitone seguinte, Comic strip, composição de Serge Gainsbourg e interpretado por ele em duo com Brigitte Bardot. Ela mesma já um sex symbol à época, interpreta aqui uma heroína que literalmente irrompe de uma página da banda desenhada Barbarella, criada em 1962 por Jean-Claude Forrest, e que viria a inspirar o filme de culto de Roger Vadim com Jane Fonda, Barbarella (1968). Estas heroínas situam-se no intervalo entre sex symbol e ícone feminista, contradição retomada por Lara Croft e pela sua intérprete no cinema, Angelina Jolie.
Como é que a canção de Gainsbourg consegue este questionamento do papel tradicional da mulher apenas como objecto erótico? Serge Gainsbourg foi o equivalente francês de Cole Porter, autor de letras sofisticadas na sua aparente simplicidade, transformando palavras triviais e elementos da cultura popular em textos de grande ironia e inteligência. Em Comic strip, o distanciamento em relação ao estereótipo consegue-se muito simplesmente através da repetição (Bardot apenas diz interjeições onomatopaicas, imitando as heroínas da banda desenhada) e do exagero quase caricatural, mostrando a figura feminina que Gainsbourg chama - "Viens petite fille dans mon comic strip" - em claro contraste, como figura poderosa e activa, tornando evidente a insuficiência e artificialismo do estereótipo, ao mesmo tempo que diverte.
Como é que a canção de Gainsbourg consegue este questionamento do papel tradicional da mulher apenas como objecto erótico? Serge Gainsbourg foi o equivalente francês de Cole Porter, autor de letras sofisticadas na sua aparente simplicidade, transformando palavras triviais e elementos da cultura popular em textos de grande ironia e inteligência. Em Comic strip, o distanciamento em relação ao estereótipo consegue-se muito simplesmente através da repetição (Bardot apenas diz interjeições onomatopaicas, imitando as heroínas da banda desenhada) e do exagero quase caricatural, mostrando a figura feminina que Gainsbourg chama - "Viens petite fille dans mon comic strip" - em claro contraste, como figura poderosa e activa, tornando evidente a insuficiência e artificialismo do estereótipo, ao mesmo tempo que diverte.
Clique no link em baixo para ver o Scopitone de Comic strip com Gainsbourg/Bardot:
Não resisto a mostrar outro vídeo, este não do conjunto dos Scopitones, mas no qual Sylvie Vartan assume com graça e elegância um papel em que feminino e masculino se podem combinar sem perderem, cada um deles, a sua especificidade própria. A canção chama-se Comme un garçon e retrata uma época de emancipação feminina em França.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Scopitone (4)
Itsi bitsi petit bikini de Richard Anthony é um dos mais populares filmes Scopitone dos anos 1960, e compreende-se bem porquê: a pequena revolução que a canção narra mudou para sempre os nossos hábitos de Verão. Enquanto Richard Anthony canta-narra o episódio, há uma personagem que comenta o acontecimento no refrão em tom blasé, como um coro cheio de ironia, quer em relação à jovem de bikini com medo de aparecer, quer em relação à atitude preconceituosa dos outros veraneantes, incluindo a própria comentadora.
Quem, de entre as adolescentes da época, não se recorda da primeira vez que vestiu um bikini em vez do tradicional fato de banho?
Quem, de entre as adolescentes da época, não se recorda da primeira vez que vestiu um bikini em vez do tradicional fato de banho?
A canção é a versão francesa de Itsy Bitsy Teenie Weenie Yellow Polka Dot Bikini cantada por Brian Hyland com apenas 16 anos, que chegou a ser nº 1 dos hits de vendas nos EUA em Agosto de 1960. A história que conta a canção baseia-se num episódio verdadeiro: o compositor, Paul Vance, estava na praia com a filha de 2 anos que usava um bikini amarelo às bolinhas e lhe inspirou a canção. Mais tarde, a editora manifestou a sua preocupação por a canção parecer demasiado ousada, ao que Vance terá explicado que a letra era inocente, já que se tratava da sua filha de 2 anos.
Os franceses, que não são propriamente conhecidos por partilhar a perspectiva puritana, deram outro tratamento ao tema, sem receio de parecer mais ou menos ousados...
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