Mais um Scopitone com Sylvie Vartan nos anos 1960, a interpretar a canção "Si je chante". Os realizadores deste pequenos filmes tentavam filmar em cenários que pudessem atrair a atenção do público jovem, com os quais os jovens (neste exemplo seriam mais as jovens) se pudessem identificar.
Ainda um pormenor interessante sobre os Scopitones, a fazer fé na informação de David Galassie, em "The Visual Jukebox" (http://www.loti.com/fifties_jukebox/Scoptione_The_Visual_Jukebox.htm): estas máquinas moedeiras que reproduziam som e imagem foram feitas usando peças que restaram dos aviões da Segunda Grande Guerra, nomeadamente transformando uma máquina de 16 mm, usada pela Força Aérea Francesa para voos de reconhecimento, num projector de 16 mm.
Scopitone (7)
Mais um exemplo de Scopitone, com Sylvie Vartan a interpretar a versão francesa, de 1962, da canção composta por Carole King (no primeiro vídeo a contar de baixo ao vivo na actualidade), e interpretada por Little Eva em 1960, "The Locomotion". A versão de Sylvie mostra bem a predilecção dos realizadores destes pequenos vídeoclips por cenários extravagantes, neste caso um comboio numa floresta, tentando produzir um efeito hipnótico nos espectadores.
Canções em Versões - "Narcissus", de Water Scenes, Op. 13, nº 4, de Ethelbert Woodbridge Nevin (1862-1901)
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Uma canção por dia - "Miss Invisible" - George Shearing
Do álbum Piano, de 1990
domingo, 18 de setembro de 2011
Scopitone (6, cont.)
O vídeo em cima não é um Scopitone, mas podia ser. Escolhi-o para ilustrar como a televisão terá substituído os Scopitones, pequenos filmes dos anos 1960 que podiam ser ouvidos e vistos em espaços públicos. Estes pequenos clips musicais que se destinavam a programas de música na TV francesa dos anos 1960 em diante são precursores - tal como os Soundies nos EUA nos anos de 1940 - dos videoclips, e integram a herança dos Scopitones.
O par mítico da canção francesa da década, Johnny Halliday e Sylvie Vartan, interpreta um standard da canção americana de 1934 que festejava o fim da lei seca nos EUA (de 1920 a 1933), Cocktails for Two, em francês Un cocktail pour deux. Evocando estes tempos em 1965, o vídeo opta pelo preto/branco e tenta dar o ar do tempo da década de 1930 nos fatos do casal de cantores. Transforma a canção na narrativa de uma pequena história, na qual se salienta a preocupação da época - 1965 em França - com os papéis de género, masculino/feminino: "Les filles, vraiment, quelle invention..." / "Quelle catastrophe que les garçons...", dizem respectivamente Johnny e Sylvie. A protagonista reinvidica para si os mesmos direitos que o seu companheiro, daí o título da canção, Un cocktail pour deux. Quase no final, há uma sequência de dança de grande leveza e elegância, quer em relação às versões cómico-burlescas de Cocktails for Two, quer pela transformação das imagens dos passos de dança em movimento descontinuado, desmultiplicando a imagem e evocando as origens do cinema.
(a continuar)
sábado, 17 de setembro de 2011
Canções em Versões - Cocktails for Two - Ray Charles com Betty Carter, Billy May, Tommy Dorsey, Carl Brisson
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Uma canção por dia - Le Taxi - Henri Salvador canta Boris Vian
Os Scopitones podiam ver-se e ouvir-se, tal como os Soundies, em espaços públicos - bares, restaurantes, clubes nocturnos. Se o fimdos Soundies na década de 1940 nos EUA terá sido ditado pelos interesses dos proprietários das salas de cinema e das empresas de exibição, bem como pela redução da produção das máquinas Panoram, devido às restrições da guerra (vd. www.chambel.net), um outro meio de comunicação em ascensão terá ditado o fim dos Scopitones em França no final da década de 1960. Esse outro meio de difusão de som e imagem iria substituir os Scopitones e integrá-los na sua produção. Ao longo da sua evolução, esse meio de comunicação iria invadir o espaço privado das casas e ao fim de algumas décadas espelhá-lo até quase com ele se confundir, banalizando-se em programas como os reality shows, e perdendo o potencial estético e cultural que tivera a princípio. E os dois espaços confundir-se-iam de facto, não fosse a ironia dos processos: se o emissor se transforma em receptor, o passo seguinte foi acontecer também o inverso, aquilo a que estamos a assistir na contemporaneidade, o receptor transformar-se, por sua vez, em emissor. É afinal o mote do YouTube, Broadcast Yourself, i.e., "Sê tu próprio um emissor."
(a continuar)
sábado, 10 de setembro de 2011
Uma canção por dia - A Kiss Goodnight - Ella Fitzgerald
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Uma canção por dia - Friendship, Judy Garland
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Uma canção por dia - Ella Fitzgerald com a orquestra de Chick Webb em 1936, Mr Paganini
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Canções em Versões - All Through the Night - Chris Groenendaal e Frederica von Stade, Ella Fitzgerald
Chris Groenendaal no papel de Billy e Frederica von Stade no papel de Hope interpretam "All Through the Night" na peça musical de Cole Porter Anything Goes (1934). A London Symphony Orchestra sob direcção de John McGlinn (1989).
Uma canção por dia - What a Joy To Be Young
Da peça musical Anything Goes (1934), de Cole Porter, interpretação de Frederica von Stade no papel de Hope. London Symphony Orchestra dirigida por John McGlinn (1989).
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Uma canção por dia - You're Dancing on My Heart - Victor Silvester (1938)
You're Dancing on My Heart, deAl Bryan e George M. Meyer, é a segunda canção deste vídeo do YouTube dedicado a Victor Silvester e sua orquestra.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Uma canção por dia - Bâti mon nid - Françoise Hardy