"Sem música não há vida, não há vida sem música"
quinta-feira, 27 de março de 2014
sábado, 22 de março de 2014
Canções em Versões - "Eu e a Brisa" I
"Eu e a Brisa" é uma composição de Johnny Alf (1929-2010), nome artístico de Alfredo José da Silva. Foi desclassificada no III Festival da Música Popular Brasileira em 1967, mas depressa se tornou uma das canções brasileiras mais queridas do público. Johnny Alf é considerado como o "verdadeiro pai da Bossa Nova", e Tom Jobim apelidava-o mesmo de "Genialf". Aqui fica a interpretação original de Márcia.
Agradeço ao meu irmão José Pedro Delgado esta sugestão musical, mais uma prova do seu bom gosto e elegância.
"Eu e a Brisa" é uma daquelas canções que ouvíamos na nossa juventude e achávamos muito bonita, mas que só agora realmente compreendemos bem.
"Eu e a Brisa" é uma daquelas canções que ouvíamos na nossa juventude e achávamos muito bonita, mas que só agora realmente compreendemos bem.
Vd.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Johnny_Alf
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"A Whiter Shade of Pale" - Entre Canções II
Retomamos hoje no UNO a série Entre Canções que iniciámos a 26 de Maio de 2013 com "The Air that I Breathe" (1973) pelos Hollies e "Creep" (1992) pelos Radiohead.
A ouvir o que se passa nas árias entre canções, muito haveria a dizer... as intertextualidades, quer se trate de música, pintura, literatura ou outras artes, são um espaço imenso entre as artes, um espaço de diálogo, de grande dinâmica e criatividade. Nenhum autor consegue compor, pintar, escrever sem ouvir, ver, ler outros autores.
Desta vez, contemplamos a complexidade da canção dos Procul Harum "A Whiter Shade of Pale", do single de estreia do grupo em 1967, composta por Gary Brooker, Keith Reid e Matthew Fisher. Segundo os compositores, a inspiração terá vindo de uma frase ouvida ao acaso numa festa, onde um homem terá dito à acompanhante "You've turned a whiter shade of pale". A letra parece aludir a uma cena de sedução num ambiente de embriaguez. As referências musicais são às cantatas de J. S. Bach, Ich steh mit einem Fuss im Grabe, BWV 156 (1729), e Wachet auf, ruft uns die Stimme, BWV 140 (1731), também conhecida como Sleepers Wake, e ainda à canção de Percy Sledge "When a Man Loves a Woman" (1966).
sábado, 15 de março de 2014
Scopitone (12) - Jody Miller, "Queen of the House"
Muito bem conservado, "Queen of the House" (1966) mostra bem a razão pela qual Susan Sontag associou os filmes Scopitone à sensibilidade e estilo "Camp". É patente o artificialismo e exagero, aliado a uma certa ingenuidade e alegria própria dos anos 1960, década em que surgem os filmes Scopitone. É curioso ainda e próprio da época o questionamento do papel da mulher como dona de casa, aqui exagerado, estilizado e ironizado como "rainha da casa", quando afinal mais parece uma escrava dos deveres domésticos, mas tudo isso interpretado com grande ironia e fruição por Jody Miller, numa crítica eficiente porque utiliza argumentos de natureza implícita e como tal pouco contestáveis por via intelectual. Poderíamos recordar-nos de uma obra de Joana Vasconcelos que se situa dentro de parâmetros semelhantes, o gigantesco e glamoroso sapato Dorothy feito de panelas de arroz (vd. foto em baixo), que tal como a canção "Queen of the House" questiona o papel dual e aparentemente contraditório da mulher como dona de casa/objecto de desejo.
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sábado, 8 de março de 2014
Scopitone (11) - Nancy Sinatra, "These Boots Are Made for Walking"
Este Scopitone (vd. posts deste blogue de 2011, a série de 10 sobre os Scopitone, uma espécie de vídeoclip numa jukebox com imagem) situa-se na área de ambiguidade entre a exploração sexista da imagem da mulher e a afirmação da feminilidade como poder.
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